O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado (3) afirmando estar “animado, com muita energia” para assumir “tarefa árdua”. Ele também afirma que irá honrar a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Queiroz foi nomeado depois da queda de Carlos Lupi —ambos são do PDT—, em meio a um escândalo no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Lupi pediu demissão na sexta-feira (2), depois de uma semana de crescente pressão para que Lula o demitisse. Apesar da ausência de provas da participação dele no esquema até aqui, prevaleceu a ideia de que o político não tomou providências para deter o problema e não reagiu como deveria depois que o caso explodiu.
A PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) calculam que entre 2019 e 2024 foram descontados R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários –os órgãos ainda apuram quanto deste montante foi descontado ilegalmente. De acordo com a investigação, apesar dos indícios de irregularidades e da existência de milhares de processos judiciais contra entidades, o INSS continuava autorizando os descontos.
O episódio desta segunda-feira (5) do Café da Manhã trata da fraude no INSS que levou à queda do ministro da Previdência. O repórter da Folha em Brasília Mateus Vargas explica o que se sabe até aqui sobre o esquema que atingiu aposentados e pensionistas, conta os próximos passos da investigação e discute os efeitos políticos do escândalo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pela jornalista Gabriela Mayer, com produção de Gustavo Luiz e Lucas Monteiro. A edição de som é de Raphael Concli.