De acordo com o Boletim de Ocorrência, a vítima informou à polícia que o paciente está internado há quatro dias na unidade hospitalar para tratamento de depressão e que, após assumir o plantão, o profissional observou que o jovem e uma mulher, que acompanha outra pessoa no hospital, saíam para fora para fumar cigarros e retornavam várias vezes ao quarto.
Em determinado momento, o jovem foi até a vítima e reclamou que estava muito ansioso. Dessa forma, o profissional lhe forneceu remédio para a queixa, prescrito no prontuário médico.
Ainda conforme o BO, em outro momento, o paciente e outras duas mulheres foram até o profissional e começaram a reclamar do atendimento prestado, ocasião em que o jovem agrediu o auxiliar de enfermagem.
As mulheres e outras quatro colegas de trabalho do profissional que estavam perto do local seguraram o paciente. Após ser contido, o jovem foi retirado do local.
A vítima foi atendida por uma médica plantonista e, em seguida, foi à delegacia registrar o BO.
O profissional mencionou à polícia que a agressão ocasionou lesões no rosto, na mão e braço esquerdo e na mão direita. Um exame foi requisitado ao Instituto Médico Legal (IML).
Administração da UPA
Conforme o Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop), que administra a UPA, a unidade presta atendimento a pacientes de todo o município de Presidente Prudente no formato de “porta aberta”, acolhendo aos usuários que buscam o serviço de saúde.
“A agressão física foi perpetrada por paciente e acompanhante durante o atendimento. Trata-se de um paciente que já se encontrava na unidade há quatro dias aguardando por vaga de internação via Cross [Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde]”, informou o consórcio ao g1.
Ainda segundo o Ciop, no momento da agressão, a unidade contava com policiamento por meio de atividade delegada, que interveio imediatamente.
“O Ciop repudia qualquer tipo de agressão e está acompanhando o servidor, prestando a devida assistência”, pontuou ao g1.
Cross
Em nota oficial enviada à TV Fronteira, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo pontuou que a Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross) “é um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência” e que “seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo, seja ele municipal, estadual ou filantrópico, e apto a cuidar do caso”.
“A Central possui um sistema on-line que funciona 24 horas por dia e busca vaga disponível nos serviços de saúde do SUS [Sistema Único de Saúde], preferencialmente na região de origem do paciente, com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes”, concluiu a pasta estadual.
