Diretores do BC preveem estouro do limite da meta em junho. Diante das alterações no modelo, o furo ocorre sempre que o IPCA superar o teto por seis meses consecutivos. Para este ano, a meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
IPCA estimado para este mês de maio é de 0,39%. Se confirmado, o percentual resultará na terceira perda de força consecutiva do índice oficial de preços. Com isso, o resultado acumulado em 12 meses cairá pela primeira vez desde janeiro, de 5,54% para 5,51%.
Estimativas foram mantidas para os próximos anos. Segundo os analistas, a variação da inflação perderá ritmo gradualmente em 2026 (4,5%), 2027 (4%) e 2028 (3,8%). Todas as apostas permanecem inalteradas nesta semana.
Mercado vê taxa Selic em 14,75% ao ano até o fim de 2025. A manutenção da projeção pela segunda semana consecutiva traz a perspectiva de que o BC (Banco Central) encerrou o ciclo de alta dos preços para conter a inflação. Até a semana passada, era estimado um avanço de 0,25 ponto percentual dos juros na reunião de junho do Copom (Comitê de Política Monetária).
Juros básicos subiram ao maior patamar em quase 20 anos. A decisão mais recente do Copom resultou em uma elevação de 0,75 ponto percentual da taxa Selic. No comunicado sobre a decisão, os diretores do BC destacaram o compromisso em direcionar o IPCA para a meta e não evidenciaram quais serão os próximos passos do colegiado.
Como deve ser o PIB
Expectativa de crescimento da economia aumentou. Os analistas do mercado financeiro elevaram as projeções de avanço do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, de 2% para 2,02%.