“Ou ele me pede desculpa, ou eu vou me retirar”, condicionou Marina. Como Valério ignorou, a ministra recolheu seus papéis e deixou a Comissão de Infraestrutura do Senado, da qual era convidada. A sessão foi encerrada logo em seguida. O senador já é alvo de representação no Conselho de Ética por dizer que gostaria de enforcar a ministra.
Janja chamou os senadores de “um bando de misóginos”. “Não têm a decência de encarar uma ministra da sua grandeza. Toda admiração por você, Marina”, concluiu a primeira-dama.
As colegas de Marina no governo já tinham saído em defesa da ministra. O grupo foi puxado por Gleisi Hoffmann, das Relações institucionais, que falou em nome do governo, e teve apoio de Anielle Franco (Igualdade Racial), Márcia Lopes (Mulheres), Margareth Menezes (Cultura) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas).
O presidente Lula (PT) não se posicionou publicamente. Segundo a Secom (Secretaria de Comunicação), ele está em descanso no Palácio da Alvorada, após sofrer quadro de vertigem ontem. Toda a agenda foi cancelada nesta terça.