A partir da legislação, o volume total de CDBs, que é o passivo dos bancos garantido pelo FGC, vem sendo reduzido.
Gabriel Galípolo, presidente do BC
Discussão sobre FGC foi ampliada com o caso do Banco Master. A situação ganhou os holofotes após o BRB (Banco de Brasília) ofereceu R$ 2 bilhões para adquirir 58% da instituição financeira. Agora na mira do BC, a proposta trouxe dúvidas devido à qualidade dos ativos do Master, boa parte deles cobertos pelo FGC.
Carteira do Master alcança metade do patrimônio total do FGC. O banco fechou 2024 com o total de R$ 30,8 bilhões em depósitos de CDBs (Certificado de Depósito Bancário), títulos de renda fixa emitidos com a garantia do FGC, que apresenta liquidez de R$ 132,7 bilhões.
FGC recebe contribuições de todas as instituições financeiras. Com os aportes, o Fundo Garantidor de Créditos assegura uma garantia de até R$ 250 mil por CPF caso a instituição financeira que administra determinado título tenha a falência decretada. Por isso, os grandes bancos criticam o uso do recurso por instituições menores.
Mesmo com a situação, BC nega risco para a estabilidade financeira. “Não há nenhum tipo de ameaça do ponto de vista de risco sistêmico. O sistema financeiro está absolutamente sólido no Brasil e o aumento da confiança nele está bastante claro. Nós não temos nenhum tipo de indício ou preocupação do ponto de vista de risco sistêmico para o sistema financeiro nacional”, garantiu Galípolo.