Hassett disse à CNBC que houve “discussões vagas entre ambos os governos” sobre as tarifas e que a flexibilização dos impostos da China sobre alguns produtos dos EUA na semana passada foi um sinal de progresso.
Pequim fez pouco esforço para conter sua indignação com as tarifas que, segundo o país, representam uma intimidação e não conseguem deter a ascensão de sua economia, a segunda maior do mundo. Em vez disso, a China mobilizou a condenação pública e global das restrições às importações — sem demonstrar interesse em uma trégua.
Além de alavancar sua máquina de propaganda para reagir às taxas, a China estabeleceu discretamente uma lista de produtos fabricados nos EUA que serão isentos de suas tarifas retaliatórias de 125% — incluindo produtos farmacêuticos selecionados, microchips e motores a jato.
Bessent não mencionou nenhuma conversa específica durante uma entrevista à Fox Business Network, mas disse que as altas tarifas de 145% do lado norte-americano e 125% do lado chinês precisavam ser reduzidas para as negociações começarem.
“Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas”, disse Bessent. “Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial mais amplo.”
Ele afirmou ainda que uma das primeiras medidas seria revisitar a falha da China em cumprir os compromissos de compra de produtos norte-americanos como parte do acordo comercial de “Fase 1” de Trump, em 2020, que encerrou a guerra comercial do primeiro mandato do republicano.