Será possível processar alguém por danos ao clima? Vinte anos após essa questão ter sido levantada pela primeira vez, argumentamos que o caso científico para a responsabilidade climática está encerrado. Aqui, detalhamos as implicações científicas e jurídicas de uma atribuição “de ponta a ponta” que vincula os produtores de combustíveis fósseis a danos específicos do aquecimento Estudo da Dartmouth College
Estudo foi publicado em abril na revista científica Nature com um novo método. Os pesquisadores consideraram que cada 1% de gás de efeito estufa lançado na atmosfera desde 1990 causou US$ 502 bilhões (R$ 2,8 trilhões) em danos apenas com o calor. Eles não contabilizaram eventos climáticos extremos, como furacões, secas e inundações.
Grupo testou 1.000 simulações diferentes para identificar o impacto das emissões na temperatura média global da Terra. Assim, os cientistas conseguiram determinar quanto a poluição das empresas analisadas contribuiu para os cinco dias mais quentes do ano, por exemplo.
Estabelecer vínculos quantitativos entre emissores individuais e danos específicos agora é viável, tornando a ciência um obstáculo à justiciabilidade (possibilidade de ser alvo de ação judicial) de ações de responsabilidade climática Estudo da Darthmout College