A questão fiscal dos Estados Unidos já era preocupante antes mesmo das eleições. Com os gastos do presidente dos EUA, Donald Trump, com segurança de fronteiras e armamentos, a dívida americana atingiu um novo recorde de US$ 324,3 trilhões no primeiro trimestre de 2025, com aumento de US$ 11,3 trilhões em relação ao mesmo período do ano passado.
Isso afeta negativamente o dólar internacionalmente. “Até este ano, quando aconteciam crises, o investidor corria para o dólar, como um ativo de segurança, mesmo que o problema que tivesse causado o estresse viesse dos EUA. Mas a partir de 2025, isso mudou: o dólar deixou de ser esse porto seguro”, explica André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferência internacional Remessa Online. Por isso, a moeda perde valor para outras divisas, como o Euro.
Também acontece uma nova valorização do ouro. O metal recupera parte das perdas da semana passada com a redução das tarifas comerciais entre os EUA e a China. O ouro sobe pela manhã 1% para US$ 3.230 a onça (31,10 gramas).
Gripe aviária
Caso de gripe aviária também aparece no radar. A confirmação da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) resultou na suspensão das exportações da carne de frango para a China, União Europeia, Argentina, Uruguai, Chile, México. Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Filipinas vão restringir a exportações aos produtos do Rio Grande do Sul.
Com vários países cortando as importações de frangos do Brasil, a previsão é que entrem menos dólares no país nos próximos meses. Isso afeta a valorização do real. A queda do petróleo nesta segunda-feira (19) e a desvalorização do minério de ferro também colaboram para isso.