Para ajudar a fechar as contas no ano, o governo anunciou o aumento das alíquotas do IOF. Os investimentos de pessoas físicas no exterior, que atualmente têm alíquota de 1,1%, passariam a ter 3,5%. As transferências para aplicações de fundos nacionais no exterior passariam a ter alíquota de 3,5% também, contra zero atualmente.
No entanto, após repercussão negativa entre os agentes de mercado, o governo voltou atrás pouco depois do anúncio inicial. Os investimentos de pessoas físicas no exterior continuam com alíquota de 1,1% e as transferências para aplicações de fundos nacionais no exterior seguem com zero.
Para presidente da Fiemg, o repasse do custo do IOF ao consumidor pode gerar mais inflação na economia brasileira no futuro. Ele acredita, no entanto, que ainda haverá um acordo sobre o tema.
Pode sim. Todo aumento que a gente tem visto na carga tributária, ele é repassado para os produtos e tem sido repassado para o consumidor, alimentando a inflação.
Não pegou bem para o governo e, com certeza, não pegará bem ao parlamento não tratar desse assunto. Vai haver um acordo em algum momento sobre o tema, essa é a minha opinião. Agora, é um momento muito espinhoso. O governo deveria estar cortando custo e, em vez disso, está sempre procurando novas fontes de receita.Flávio Roscoe
O Mercado Aberto vai ao ar de segunda a sexta-feira no UOL às 8h, com apresentação de Amanda Klein, antecipando os principais movimentos do mercado financeiro.