Um dos investigados foi ouvido e confessou ter presenciado o assassinato de Nelson. As prisões temporárias dele, do dono da fábrica e da esposa dele, solicitadas pelo delegado do caso, foram deferidas pela justiça.
Nesta quarta-feira, 28, policiais fizeram buscas na casa de Tadeu Almeida Silva, o homem que disse à polícia ter visto Nelson Filho ser assassinado. Segundo seu advogado, Renato Savério, Tadeu teria participado apenas da ocultação do corpo da vítima. Foi ele quem levou o carro de Nelson para São Paulo e o abandonou em uma rua do bairro Chora Menino, na zona norte da capital. Tadeu foi flagrado por uma câmera vestindo o boné da vítima, um modelo pouco comum.
De acordo com o advogado, a polícia realizou buscas nesta quarta-feira, 28, na casa de Tadeu, mas não o encontrou. Savério disse que busca um acordo com o Ministério Público e a polícia para que seu cliente cumpra o período de prisão temporária sem ter decretada a prisão preventiva, pois está colaborando com a investigação.
A justiça autorizou também as prisões de Marlon Couto Paula Junior, dono da empresa de suplementos alimentares, e da esposa dele, Marcela Silva de Almeida. Marlon é apontado como o autor do disparo que matou Nelson e a polícia ainda apura se Marcela teve alguma participação. Marcela, que é sobrinha de Tadeu, acompanhou o marido quando ele foi buscar Tadeu em São Paulo, após se desfazer do carro da vítima.
Na terça-feira, com base no depoimento de Tadeu, a Polícia Científica realizou uma perícia na fábrica com o uso de luminol e constatou manchas de sangue. A substância permitiu a identificação do material genético mesmo após ter uma limpeza rigorosa que foi feita local.
A investigação aponta que o empresário foi morto com um tiro e teve o corpo jogado em um rio que banha Miguelópolis, cidade da região. Conforme a SSP, as equipes policiais realizam buscas para localizar o corpo.