Mercado está de olho nas medidas fiscais do governo brasileiro
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que foi encaminhada na tarde de ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma lista de medidas fiscais necessárias para atingir a meta de resultado primário deste ano.
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Segundo o ministro, uma série de reuniões será realizada ao longo da semana antes que as medidas sejam oficialmente apresentadas ao público. A expectativa é de que o anúncio aconteça na quinta (22), quando sai o relatório bimestral de despesas e receitas.
China corta juros
- A China cortou a sua taxa básica de juros pela primeira vez em sete meses.
- O país está buscando maneiras de estimular a economia enquanto as empresas e os investidores buscam entender os efeitos do tarifaço do presidente americano Donald Trump sobre a atividade chinesa.
- O Banco Central chinês cortou a taxa básica de juros de um ano, que é referência para os novos empréstimos e para os já existentes que têm taxa pós-fixada para 3% ao ano de 3,1% ao ano.
- As Bolsas asiáticas responderam à medida com altas. A de Xangai subiu 0,38% e a de Hong Kong avançou 1,5%.
Juros altos no Brasil por um longo tempo
- A perspectiva de que os juros no Brasil vão seguir por um longo tempo no atual patamar de 14,75% ao ano, que é o mais alto desde 2006, deve continuar derrubando as cotações do dólar e impulsionando a Bolsa local.
- Com os juros altos, grandes investidores internacionais migram seus recursos para aplicações de renda fixa no Brasil. Ao entrar no mercado nacional, são obrigados a trocar os dólares pelo real, o que faz a moeda americana se desvalorizar.
- Juros altos são negativos para as Bolsas de Valores em geral, que ficam menos atrativas em relação à renda fixa, mas a sinalização do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que não haverá novos aumentos da Selic dá um alívio aos investidores, que podem refazer sua estratégia com mais previsibilidade. Como resultado, o Ibovespa vem batendo recorde atrás de recorde.
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Reportagem
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